domingo, 24 de agosto de 2014

PROPOSTA 04: De quem é a responsabilidade pelos resíduos sólidos no Brasil?

Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma culta escrita da Língua Portuguesa sobre o tema De quem é a responsabilidade pelos resíduos sólidos no Brasil? Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa do seu ponto de vista, sem ferir os direitos humanos.
TEXTO I
Lei exige fim de lixões até este sábado; 60% das cidades não se adequaram

Política de Resíduos Sólidos determina extinção de lixões até 2 de agosto. Cidades com lixo a céu aberto podem responder por crime ambiental.
Eduardo Carvalho 02/08/2014, em São Paulo
Termina neste sábado (2) o prazo de quatro anos para as cidades brasileiras adequarem sua gestão do lixo às regras da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Sancionada em 2 de agosto de 2010, ela determina ações como a extinção dos lixões do país, além da implantação da reciclagem, reuso, compostagem, tratamento do lixo e coleta seletiva nos municípios.
Pela lei, a partir deste domingo (3), as prefeituras com lixo a céu aberto podem responder por crime ambiental, com aplicação de multas de até R$ 50 milhões, além do risco de não receberem mais verbas do governo federal. Os prefeitos, por sua vez, correm o risco de perder o mandato.
Em tese, se a legislação for cumprida à risca, muitas cidades podem ser punidas. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, somente 2.202 municípios, de um total de 5.570, estabeleceram medidas para garantir a destinação adequada do lixo que não pode ser reciclado ou usado em compostagem.
Os municípios que não terão o aterro sanitário a tempo de se enquadrar na lei estão espalhados por todas as regiões do Brasil. No Paraná, por exemplo, há cidades que até dois meses atrás sequer haviam apresentado um plano de adequação. Uma saída para os pequenos municípios paranaenses pode ser a formação de consórcios para uso conjunto dos aterros, para evitar que cada localidade tenha que arcar com os custos de ter o seu próprio.
No Rio Grande do Norte, somente Mosssoró e a Região Metropolitana de Natal têm aterros. Situação semelhante vive Rondônia, onde só Ariquemes e Vilhena já se adequaram. A capital, Porto Velho, já escolheu o local de seu novo aterro, mas as obras ainda não começaram. Em Alagoas, dos 102 municípios, apenas a capital conseguiu acabar com o lixão e criar um aterro, como previsto na lei.
O estado do Rio de Janeiro tem 93% do lixo indo para destinação correta, mas, ainda assim, tem vinte lixões que precisam ser desativados. O estado de São Paulo também tem municípios com lixões irregulares, como  Presidente Prudente e Ourinhos. O Distrito Federal ainda está licitando a construção das células protegidas de seu novo aterro sanitário. Enquanto isso, seus resíduos vão para um lixão, sem nenhum tratamento.
Mesmo sabendo que 60% dos municípios não cumprem a lei, o governo não pedirá prorrogação de prazo para que o programa passe a vigorar. André Vilhena, diretor da associação Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre), afirma que o Brasil já venceu a fase de, na véspera, precisar esticar prazos por não haver cumprimento de metas.
Principais objetivos
A PNRS tem como prioridades a redução do volume de resíduos gerados, a ampliação da reciclagem, aliada a mecanismos de coleta seletiva com inclusão social de catadores e a extinção dos lixões. Além disso, prevê a implantação de aterros sanitários que receberão apenas dejetos, aquilo que, em última instância, não pode ser aproveitado.
Esses aterros, por sua vez, deverão ser forrados com manta impermeável para evitar a contaminação do solo. O chorume, líquido liberado pela decomposição do lixo, deverá ser tratado. O gás metano que resulta da decomposição do lixo, que pode explodir, terá que ser queimado.

TEXTO II


TEXTO III
Utilização do Gás de Aterro

Os grandes centros urbanos estão condenados a produzir cada vez mais lixo, resultando em um aumento de aterros sanitários, que por sua vez poluem o ar, causam mau cheiro, provocam doenças, incêndios, asfixia, diminuindo assim, a qualidade de vida dos cidadãos.
O metano é o poluente atmosférico mais abundante na camada inferior da atmosfera, sobretudo nas grandes cidades, por ser emitido junto ao solo. O metano é encontrado em aterros sanitários e é formado em uma ação anaeróbia (sem oxigênio) resultando em um gás que é lançado no ar.
Preocupados com esta situação, a EPA (Environmental Protection Agency) junto com o governo dos Estados Unidos, entre outras entidades, realizaram um projeto piloto de geração de energia através do gás de aterros sanitários, em uma cidade do México. A EPA é um órgão do governo que atua na qualidade e proteção do meio ambiente, gerenciando projetos sobre a qualidade do ar, da água, recursos hídricos, solos, entre outros mais.
Um dos projetos em andamento da EPA utiliza o gás de aterro como combustível para veículos de utilidade dentro do próprio aterro sanitário; outro aproveita o gás em um injetor para queimar o chorume. Há projetos também que utilizam esta energia alternativa para tubulações de aquecedores a gás nas residências. O uso em caldeiras, contudo, tem maior rendimento e menor custo.
A utilização deste gás tem importância considerável para o meio ambiente, uma vez que diminui o mau cheiro, reduz a quantidade de emissão de gases, milhões de toneladas de lixo, produz 1 MW de energia por dia.
Com o aumento de projetos e crescente interesse da população em utilizar a energia verde, está havendo também um aumento de tecnologia para que esta energia se torne mais barata localmente, já que o mundo e principalmente o Brasil, que exporta o gás natural para os estados americanos, se encontram em crise de energia.
USEPA - United States Environmental Protection Agency - Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos
http://ambientes.ambientebrasil.com.br/energia/artigos_energia/utilizacao_do_gas_de_aterro.html




INSTRUÇÕES:
• O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
• O texto definitivo deve ser escrito com caneta de tinta preta, na folha própria, em até 30 linhas.
• A redação com até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota zero.
• A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá nota zero.
• A redação que apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos receberá nota zero.
• A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.




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