segunda-feira, 4 de agosto de 2014

PROPOSTA 02: Jovens Brasileiros: Geração Nem-Nem e o futuro do país.

Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma culta escrita da Língua Portuguesa sobre o tema Jovens Brasileiros: Geração Nem-Nem e o futuro do país Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa do seu ponto de vista, sem ferir os direitos humanos.

TEXTO I
Dois em cada dez jovens brasileiros nem estudam e nem trabalham. Eles fazem parte da chamada geração "nem-nem". A maioria é de meninas pobres que engravidam cedo e acabam abrindo mão dos projetos de vida.

O Fantástico trata de um drama que afeta dois em cada dez jovens brasileiros. Eles fazem parte da chamada "geração nem-nem". Nem estudam, nem trabalham. É um problema que atinge sobretudo meninas pobres, que engravidam cedo e acabam abrindo mão dos projetos de vida.
Aos 19 anos e com duas filhas gêmeas, Pâmela não via solução para melhorar de vida a curto prazo. Quando engravidou, teve que parar de estudar. Depois, não conseguiu voltar para a sala de aula, nem trabalhar. “Eu vi que minha vida parou totalmente. Parou totalmente. Mas vou correr atrás”, diz Pâmela.
A situação que Pâmela viveu é o retrato de uma estatística alarmante. Hoje, quase 20% dos jovens brasileiros fazem parte de um grupo chamado nem-nem: nem trabalham nem estudam. Desse grupo, a maioria é mulher. E, assim como Pâmela, quase 59% delas têm um ou mais filhos. [...]
O grupo “nem-nem” é maior entre os pobres. E a presença desse índice de exclusão social nas estatísticas ao longo do tempo mostra que uma herança de desigualdade vem passando de geração para geração no país.
Uma prova disso é que Pâmela herdou a mesma condição da mãe e da avó, que ficaram grávidas na adolescência. “Eu parei com os estudos, eu parei com tudo também. Aí eu tive muita dificuldade de arranjar emprego, a não ser em casa de família”, diz Rosemar Pereira, mãe de Pâmela. 
Além da gravidez na adolescência, o abandono da escola é um fator que explica por que o jovem se torna nem-nem, diz o professor Adalberto Cardoso, que analisou quase 20 anos de estatísticas desse fenômeno. E explica: “O ensino público médio, no Brasil, é de má qualidade, a pessoa deixa a escola e não consegue trabalhar porque não tem qualificação para isso. Está competindo com gente que tem mais qualificação. Setenta por cento dos 'nem-nem' estão nas famílias entre os 40% mais pobres”, afirma o sociólogo Adalberto Cardoso.
O assunto é delicado e deixa os jovens até constrangidos. Marcelo, que vive no morro Santa Marta, no Rio de Janeiro, sofre por ser um “nem-nem”. “Vou fazer o que, né? O que bater na cabeça na hora eu estou fazendo”, afirma Marcelo Silva Santos,18 anos.
Evanaldo diz que não fala sobre esse assunto com a família. “Não gosto, assim, de conversar muito com eles não. É cada um por si, cada um vive sua vida”, conta Evanaldo Fully, de 20 anos.
O professor de artes marciais Ricardo Pires faz a ponte entre pais e filhos que não têm diálogo. “Os pais ficam um pouco, também, perdidos para como orientar seus filhos. Que muitas vezes ele também não foi orientado”, afirma.
Cada ano a mais de estudo diminui em 2% a chance de um jovem ser “nem-nem”. E a cada ano perdido a situação dos que ficam para trás piora, segundo a pesquisadora Joana Monteiro, da fundação Getúlio Vargas, no Rio: “Por mais que o sistema educacional no Brasil ainda seja muito deficiente, o sistema público, sem ele são muito poucas as chances de ir a algum lugar”, afirma.
Matheus chegou a essa conclusão e constrói seu futuro com lápis, pincéis, desenhos e pinturas. Voltou a estudar, em um curso técnico, para procurar emprego, enquanto faz bicos em casa como desenhista. O rapaz mora em Recife, que tem o maior índice de “nem-nem” entre todas as regiões metropolitanas do país.
Ele ficou três anos sem trabalhar nem estudar. “Eu pensando que se eu estudasse ia perder tempo de conquistar meu sonho. Só que depois de um tempo caí na real com a ajuda dos meus pais, que sempre me aconselharam”, diz Matheus Bartolomeu Pinheiro da Silva, de 19 anos.
Paloma não quer seguir o caminho da irmã, Pâmela, da mãe e da avó. A família "nem-nem" que você conheceu no início da reportagem. “Eu penso assim: trabalho em primeiro lugar. Depois filho, quero passar isso também não”, diz Paloma André da Silva, de 20 anos. Paloma é técnica de enfermagem e quer estudar medicina. Faz estágio nos fins de semana e, no tempo livre, cuida das duas filhas da irmã.
Há um mês, Pâmela conseguiu um emprego como monitora de van escolar. Deixou temporariamente de ser nem-nem. Mas o sonho de melhorar de vida depende de mais uma conquista. “Eu queria voltar a estudar e agora para mim por enquanto não dá”, afirma Pâmela.



TEXTO II


TEXTO III


TEXTO IV


Intercâmbio

A reportagem do UOL entrevistou dois jovens que estão atualmente sem estudar e sem trabalhar: o carioca Danilo Sampaio, 23, e o gaúcho João Pedro Monteiro, 21. Ambos passam por dificuldades para conseguir a recolocação no mercado depois de terem feito viagens de intercâmbio.
Há dois anos, ainda cursando Relações Públicas na Facha (Faculdades Integradas Hélio Alonso), Sampaio voltou de um intercâmbio nos Estados Unidos, chegou a estagiar em sua área de atuação, mas não conseguiu se firmar na empresa. Formado desde meados desse ano, o carioca diz estar em busca de uma vaga.
"Procuro estudar em casa mesmo, manter-me atualizado e aproveito a parte da noite para mandar currículos. Vejo todas as vagas que saíram e participo de entrevistas, mas o mercado está muito restrito", declarou.
O jovem disse aproveitar o período da manhã e da tarde para cuidar da saúde: "Durante o dia, eu tenho feito bastante exercício. Vou à academia, corro, enfim, tento cuidar da minha saúde".
Recentemente, Sampaio viajou para a Europa, onde, segundo ele, teve oportunidade de treinar o inglês, algo que considera fundamental para estar bem colocado no mercado de trabalho. Na opinião dele, as experiências internacionais compensaram o período no qual ele não estava "nem estudando nem trabalhando".
"No meu ponto de vista, o intercâmbio foi bem positivo. A gente acaba convivendo com o mundo e o mercado lá fora. Na Europa e nos Estados Unidos, eles são muito pontuais nesse sentido. Também melhorei a questão do idioma, voltei com o inglês muito melhor. Eu larguei um estágio aqui para fazer o intercâmbio e não me arrependi", disse.
Questionado se havia sofrido, em algum momento, pressão da família e/ou dos amigos em razão de sua condição atual, o jovem formado em Relações Públicas afirmou que o único "sentimento de cobrança" surge dele próprio: "É uma pressão minha mesmo. Às vezes eu me sinto inútil e incompetente. Mas a minha família está vendo que eu estou correndo atrás". [...]

FONTE: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/11/29/um-em-cada-cinco-jovens-de-15-a-29-anos-nao-estuda-nem-trabalha-diz-ibge.html

INSTRUÇÕES:
• O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
• O texto definitivo deve ser escrito com caneta de tinta preta, na folha própria, em até 30 linhas.
• A redação com até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota zero.
• A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá nota zero.
• A redação que apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos receberá nota zero.
• A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.







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