Com base na leitura
dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de
sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma culta escrita
da Língua Portuguesa sobre o tema Obesidade:
como mudar os hábitos alimentares de uma população? Selecione,
organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a
defesa do seu ponto de vista, sem ferir os direitos humanos.
TEXTO
I
Obesidade
atinge quase 35% da população adulta americana
(France
Presse)
Segundo um relatório divulgado nesta quinta-feira, quase 35% dos adultos
são obesos nos Estados Unidos, um número elevado que coloca o problema entre os
principais desafios de saúde pública do país.
De acordo com o informe dos centros de prevenção de doenças (CDC), mais
de 78 milhões de adultos - 34,9% - eram obesos entre 2011 e 2012, um percentual
que permaneceu quase inalterado desde os anos 2003-2004. A taxa de prevalência
era de 35,7% em 2009-2010. A faixa etária mais afetada é a compreendida entre
40 e 59 anos, tanto para homens (39,5%) quanto para mulheres (39,5%). A
obesidade é calculada em função do índice de massa corporal (IMC), isto é, a
relação entre peso e altura, e é considerada obesa a pessoa com proporção
superior a 30. A condição representa um grande desafio para a saúde pública nos
Estados Unidos e custa US$ 190 bilhões ao ano em despesas médicas, segundo
estudo da Universidade Cornell.
A obesidade afeta também os mais jovens. Um terço das crianças e
adolescentes americanos está acima do peso ou é obeso, mas em agosto passado,
pela primeira vez o CDC anunciou uma sutil redução em crianças muito pequenas
de famílias de baixa renda.
Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/10/obesidade-atinge-quase-35-da-populacao-adulta-americana.html
/
Acesso: 17.10.13.
TEXTO
II
A
obesidade é um dos problemas mais importantes que a Saúde Pública enfrenta hoje
no Brasil e em outros países do mundo. A Organização Mundial de Saúde (OMS)
considera que, atualmente. nos países desenvolvidos, ela seja o principal
problema de saúde a enfrentar.
Por
que as pessoas estão engordando tanto? De onde vem esse desespero pela comida e
a dificuldade para perder peso? A resposta, por certo, poderá ser encontrada
nas raízes evolucionistas do homem. Há 50 mil anos, nossos antepassados tinham
grande dificuldade para conseguir alimentos. A possibilidade de estocá-los é
contemporânea ao advento da agricultura há dez mil anos, um segundo em termos
evolucionistas. Essa carência alimentar moldou o cérebro humano de tal maneira,
que ele busca obter o máximo de calorias possível para mobilizar energia
acumulando-a sob a forma de gordura que, teoricamente, será usada nos períodos
de fome provocados pela escassez de comida.
Entretanto,
no mundo moderno, a realidade é bem diferente. A geladeira pode conservar alimentos
variados por dias e semanas. Basta abri-la para saboreá-los. A propaganda nos
incita a comer produtos altamente calóricos por preço razoável. Basta uma
ligação telefônica para temos comida de diversos tipos e nacionalidades
entregue, em poucos minutos, na porta das nossas casas.
Nosso
cérebro condicionado em tempos de penúria agora encontra fartura e o mecanismo
evolucionista que selecionou pessoas capazes de acumular gordura, decisão
inteligente no passado, se volta contra elas. Reverter esse processo é tarefa
árdua e muitas vezes inglória. No entanto, é preciso estar alerta. O excesso de
peso está associado a uma série de doenças que comprometem a qualidade e a
duração da vida.
Fonte:
http://drauziovarella.com.br/obesidade/obesidade/
TEXTO
III
Pesquisa do
IBGE confirma que obesidade é epidemia no Brasil
Mantido o ritmo de crescimento do
número de pessoas acima do peso, em dez anos o país terá se igualado aos
Estados Unidos
(Lucila Soares e Cecília Ritto)
Além de
se constituir em problema pelos riscos decorrentes do sobrepeso em si – como
doenças do coração e diabetes – o sobrepeso é causado por uma alimentação pouco
saudável. Nos últimos 35 anos, o Brasil passou por uma impressionante
transformação. Completou a transição de país rural para sociedade urbana e
industrial, deixou para trás índices vergonhosos de mortalidade infantil e
analfabetismo e, depois que conseguiu domar a inflação, nos anos 1990,
consolidou um aumento substancial da renda da população. Esse conjunto de
fatores permitiu reduzir drasticamente o histórico problema da desnutrição no
Brasil. E resultou numa impressionante mudança no padrão físico do brasileiro.
Desde 1974, quando foi feita a primeira pesquisa familiar que registrou peso e
altura dos entrevistados, a população tornou-se mais alta. O déficit de altura
entre crianças declinou da faixa dos 30% para menos de 10%. Nesse mesmo
período, o brasileiro ganhou peso. Muito peso.
E é aí
que a boa notícia começa a dar lugar à preocupação. O déficit de peso atinge
hoje menos de 5% da população – o que é um indicador social positivo da maior
relevância. Mas o excesso (ou sobrepeso, como preferem dizer os médicos) e a
obesidade explodiram. A Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) divulgada nesta
sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra
que em todas as regiões do país, em todas as faixas etárias e em todas as
faixas de renda aumentou contínua e substancialmente o percentual de pessoas
com excesso de peso e obesas.O sobrepeso atinge mais de 30% das crianças entre
5 e 9 anos de idade, cerca de 20% da população entre 10 e 19 anos e nada menos
que 48% das mulheres e 50,1% dos homens acima de 20 anos. [...]
São
números que dão ao fenômeno contornos de epidemia. Mantido o ritmo atual de
crescimento do número de pessoas acima do peso, em dez anos elas serão 30% da
população – padrão idêntico ao encontrado nos Estados Unidos, onde a obesidade
já se constitui em sério problema de saúde pública. [...] A POF de 2002/2003
mostrou que as famílias estão gradualmente substituindo a alimentação
tradicional na dieta do brasileiro – arroz, feijão, hortaliças – por bebidas e
alimentos industrializados, como refrigerantes, biscoitos, carnes processadas e
comida pronta. Tudo mais calórico e, em muitos casos, menos nutritivos.
Ou seja,
além de se constituir em problema pelos riscos decorrentes do sobrepeso em si –
como doenças do coração e diabetes – o sobrepeso é causado por uma alimentação
pouco saudável. Para agravar o quadro, a prática regular de exercícios físicos
está longe de fazer parte dos hábitos do brasileiro. Pesquisa de 2008 mostrou
que apenas 10,2% da população com 14 anos ou mais tem alguma atividade física
regular. [...]
TEXTO
IV
INSTRUÇÕES:
• O rascunho da redação deve ser feito
no espaço apropriado.
• O texto definitivo deve ser escrito à
tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
• A redação com até 7 (sete) linhas escritas
será considerada “insuficiente” e receberá nota zero.
• A redação que fugir ao tema ou que não
atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá nota zero.
• A redação que apresentar proposta de
intervenção que desrespeite os direitos humanos receberá nota zero.
• A redação que apresentar cópia dos textos da
Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas
desconsiderado para efeito de correção.
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