A partir da leitura dos textos motivadores e com base
nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto
dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema As redes sociais como meio
de ativismo, apresentando proposta de intervenção, que respeite
os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e
coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Disponível em:
http://imgsapp.sites.uai.com.br/app/noticia_133890394703/2013/11/28/146533/20131125101422190615a.jpg
TEXTO II
(…) o apoio a causas pela internet motiva
ações no mundo real? Segundo uma pesquisa da Universidade de British Columbia,
no Canadá, esse tipo de manifestação on-line pode ter, na verdade, um efeito
inverso. Segundo o estudo, a sensação de dever cumprido provocada pelo clique
no botão “curtir” estimula as pessoas a deixarem de lado ações mais
significativas, como doar dinheiro a instituições ou se engajar de fato em um
trabalho voluntário.
O objetivo dos cientistas era investigar um
fenômeno que ainda gera controvérsias entre estudiosos, conhecido como
slacktivism. O termo em inglês, surgido em 1995, é formado pelas palavras slack
(preguiçoso, negligente) e activism (ativismo). Na época, a expressão se
referia às atividades feitas por jovens na internet para afetar a sociedade de
forma progressiva. Atualmente, porém, é usada para definir atos de apoio que têm
como único resultado real a satisfação pessoal de quem constrói uma falsa
imagem de engajamento sem fazer muito esforço.
Na investigação, os pesquisadores canadenses
conduziram uma série de testes para verificar se, após demonstrarem apoio a uma
instituição, as pessoas se sentiam mais ou menos dispostas a doar dinheiro a
essa entidade. No mais significativo deles, um grupo de voluntários ganhou
broches para mostrar apoio aos veteranos de guerra. Enquanto uma parte era
convidada a usar o bottom, a outra era orientada a não exibi-lo. Depois, todos
os participantes foram convidados a fazer uma doação. Entre os que ganharam as
peças, mas não a penduraram na roupa, o índice de contribuição foi bem mais
alto; já os que ostentaram o símbolo não doaram muito mais do que as pessoas
que não receberam brinde.
Licença moral
Para Kirk Kristofferson, principal autor do
estudo, os resultados mostram que fazer demonstrações de engajamento, como
curtir uma página na rede social, usar uma pulseira ou divulgar a assinatura de
uma petição on-line, pode inflar o ego da pessoa a tal ponto que ela se abstém
de ajudar de uma forma mais significativa. Isso pode ter relação com um efeito
inconsciente chamado licença moral: se o indivíduo fez uma boa ação, ele se
sente no direito de ser negligente ou de fazer algo ruim depois. É como quando
uma pessoa se permite comer uma sobremesa depois de trocar o refrigerante por
uma bebida light. (…)
Ações direcionadas
Há especialistas, no entanto, que contestam a
visão negativa sobre o ativismo virtual. O argumento mais comum é que as ações
na internet não excluem ações na vida real. Ao contrário, elas seriam
fundamentais para organizar encontros fora da rede, como ocorreu com a
Primavera Árabe, o movimento Occupy, nos Estados Unidos, ou mesmo as
manifestações populares que tomaram o Brasil neste ano. Nesses casos, os
internautas não só divulgaram sua posição política, como também colocaram os
planos em prática. (…)
Diferenciação
Por isso, os especialistas acreditam que é
necessário separar o slacktivism das ações virtuais que fazem a diferença.
Curtir uma foto de crianças em situação de risco, como o Unicef lembra,
não vai comprar vacinas nem fazer qualquer diferença na vida delas (leia Três
perguntas para). Mas, talvez, uma pessoa seja influenciada por uma imagem
compartilhada por um amigo ou dê mais atenção a um post escrito em um blog de
uma pessoa influente do que a um link patrocinado. “As organizações precisam
pensar em como auxiliar seus apoiadores a cumprir o papel de narradores em seu benefício”,
lembra Julie Dixon, diretora do Centro para Comunicação de Impacto da
Universidade de Georgetown, nos Estados Unidos.
Disponível em:
http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2013/11/28/noticia_saudeplena,146533/apoio-a-causas-em-redes-sociais-produz-sensacao-de-dever-cumprido.shtml
TEXTO IV
Pergunta: O que é ciberativismo?
É uma forma de ativismo pela internet, também
chamada de ativismo online ou digital, usada para divulgar causas, fazer
reivindicações e organizar mobilizações.
“É uma arena complementar de mobilização e
politização, somando-se a assembléias, passeatas, atos públicos e panfletos”,
diz o professor de comunicação da Universidade Federal Fluminense, Dênis de
Moraes, em seu texto O Ativismo Digital, divulgado, claro, na internet. Usado
principalmente por ONGs e entidades civis, o ciberativismo é uma
alternativa mais democrática e acessível do que os meios de comunicação de
massa tradicionais e pode ser praticado por qualquer pessoa que tenha acesso à
internet. E de várias formas.Você pode participar de fóruns e grupos de
discussões, mandar e-mails a representantes políticos exigindo providências
sobre determinada questão, assinar abaixo-assinados online cobrando de empresas
e autoridades o cumprimento dos direitos do consumidor (…), apoiar a causa dos
direitos humanos e defesa de minorias (…) e até mesmo criar blogs para divulgar
essas e outras causas, como o combate à corrupção, a conservação da natureza e
a propagação da cultura de paz. (…) No fim de 2006, por exemplo, a caixa postal
do senador mineiro Eduardo Azeredo foi inundada por e-mails contrários ao
projeto de lei que obrigava a identificação dos usuários de internet antes de
iniciar qualquer operação que envolvesse interatividade. A mobilização surtiu
resultado e o projeto acabou sendo arquivado.
Disponível em:
http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/atitude/conteudo_281598.shtml
INSTRUÇÕES:
• O rascunho da redação deve ser feito no espaço
apropriado.
• O texto definitivo deve ser escrito com caneta de
tinta PRETA, na folha própria, em até 30 linhas.
• A redação com até 7 (sete) linhas escritas será
considerada “insuficiente” e receberá nota zero.
• A redação que fugir ao tema ou que não atender ao
tipo dissertativo-argumentativo receberá nota zero.
• A redação que apresentar proposta de intervenção
que desrespeite os direitos humanos receberá nota zero.
• A redação que apresentar cópia dos textos da
Proposta de Redação terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito
de correção.
(Proposta retirada do site Descomplica)