Com base na leitura dos
textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da
Língua Portuguesa sobre o tema “Repensando
o papel do torcedor: a violência nos estádios”, apresentando proposta de
conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e
relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.
TEXTO I
Salvem as torcidas organizadas
Quando surgiram, nos anos 1930,
1940, as torcidas organizadas sequer eram assim chamadas. Grupos de apaixonados
por seus times se reuniam para torcer juntos, levavam faixas, bandeiras e
bandinhas. Animavam os acanhados estádios daqueles tempos, tornavam a atmosfera
de um jogo de futebol algo mais alegre, saudável.
Aos poucos elas cresceram,
surgiram outras com objetivos interessantes, como participar da política do
clube, isso nos anos 1960, quando cartolas incompetentes já eram numerosos,
comuns. Gaviões da Fiel e Torcida Jovem do Flamengo ("Poder Jovem "
nos seus primórdios), por exemplo, nasceram calçadas nesse conceito.
Mas as torcidas mudaram. Até então
brigas ocasionais envolviam fãs de clubes rivais por conta de provocações em
encontros casuais. Aconteciam sem que os valentões fossem obrigatoriamente das
organizadas. Aconteciam porque as pessoas se desentendem, especialmente quando
estão em lados opostos. Militantes de partidos políticos, por exemplo, também
brigam.
O que era eventual, sem grandes
consequências, se transformou em algo estruturado, como numa guerrilha.
Tocaias, armadilhas, ataques de surpresa ou confrontos combinados. Lutas
coletivas em qualquer ponto da cidade, na estrada, onde for.
Com paus, pedras, barras de ferro,
correntes e finalmente... armas de fogo. Aos revólveres se somaram as bombas
caseiras ("malvinas"), com mais e mais dedos nos gatilhos. Quem se
envolvia não saía mais de olho roxo, mas gravemente ferido ou morto.
Assassinatos se multiplicam há anos devido aos confrontos dos elementos que
dominaram as organizadas. No passado alguns apaixonados viviam para elas. Hoje,
há quem viva delas.
O discurso mais comum (e me
desculpe se você o defende, mas ele é ingênuo) é o que pede o fim das
organizadas. Como se isso fosse possível num estalar de dedos. Se partidos
políticos de esquerda não morreram nos anos de chumbo, mesmo com prisões,
torturas e mortes promovidas pela ditadura militar, por que esses movimentos
sumiriam tão facilmente?
Basta lembrar a experiência feita
nos anos 1990 em São Paulo. Uma canetada extinguiu torcidas organizadas, medida
que se mostrou inócua. As mesmas se mantiveram legalmente como escolas de
samba, passaram a frequentar estádios sem faixas, bandeiras, camisas,
identificação. Mas estavam lá. E seguiram fazendo tudo igualzinho. Não
subestimem esses caras.
A diferença em tempos assim é que
com as facções na clandestinidade ninguém sabe qual é o chefe do bando, da
gangue que ataca, agride, mata. As torcidas seguiram nas mãos das pessoas
erradas, sem que as ditas autoridades fizessem algo eficaz a respeito. E com a
chancela da cartolagem que desses grupos se aproveitam, os patrocinam e assim
lhes compram apoio.
A solução é simples, sua aplicação nem tanto. Que todas as torcidas organizadas sejam regulamentadas, seus dirigentes registrados na justiça e que só possam comandá-las desde que não tenham ficha na polícia. Que os brigões entrem em cana, que assassinos sejam condenados, que os bandidos sejam eliminados e dirigentes coniventes punidos pela lei. Tolerância zero!
A solução é simples, sua aplicação nem tanto. Que todas as torcidas organizadas sejam regulamentadas, seus dirigentes registrados na justiça e que só possam comandá-las desde que não tenham ficha na polícia. Que os brigões entrem em cana, que assassinos sejam condenados, que os bandidos sejam eliminados e dirigentes coniventes punidos pela lei. Tolerância zero!
O caso não é esportivo, não é do
futebol, mas de polícia. No dia em que não mais existir lugar para elementos
mal intencionados nas arquibancadas, eles estarão no xadrez ou procurando outro
lugar onde consigam seguir com suas atividades criminosas. E aí ressurgirão
espaços nas torcidas para as pessoas que desejam apenas se reunir e apoiar seus
clubes.
Pessoas como as que organizaram a Legião Tricolor. Tal movimento, entre 2006 e 2010, mudou o comportamento da torcida do Fluminense, atraiu de volta ao Maracanã pessoas que desejavam apenas apoiar o time, cantar por ele, vibrar e chorar pela camisa. Foram muitas bonitas festas no velho estádio.
Pessoas como as que organizaram a Legião Tricolor. Tal movimento, entre 2006 e 2010, mudou o comportamento da torcida do Fluminense, atraiu de volta ao Maracanã pessoas que desejavam apenas apoiar o time, cantar por ele, vibrar e chorar pela camisa. Foram muitas bonitas festas no velho estádio.
Por um momento a Legião fez a
maior facção de torcida organizada do Fluminense minguar. E ocupar espaço cada
vez menor na arquibancada. Uma semente que poderia crescer, se multiplicar. Mas
para isso é preciso quem limpem a área. Salvem as torcidas, façam com que elas
se reinventem e se livrem de quem não presta. O futebol agradeceria. A
sociedade também.
TEXTO II
Castelão
teve 1.580 cadeiras quebradas e prejuízo total pode chegar a R$ 500 mil
Em entrevista coletiva, Secretaria de Esportes e Arena
Castelão afirmam que Fortaleza e Ceará devem pagar pela depredação
Diante
do vandalismo ocorrido após a final do Campeonato Cearense, a Secretaria de
Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) e Secretaria de Esportes (Sesporte)
divulgaram, o prejuízo causado pelos torcedores na partida.
Na
tarde desta segunda-feira (4), em entrevista coletiva, a administração
responsável pela Arena Castelão contabilizou, juntamente com a Secretaria de
Esportes do estado os danos. Quatro portas de acesso foram destruídas, 1.580
cadeiras foram quebradas, seis
TVs de led despedaçado, duas portas de quiosque danificadas. Cada cadeira
custa R$ 300,00, em um prejuízo total de R$ 500 mil, em média.
Em
dia a ser divulgado, tanto Fortaleza, como Ceará, irão fazer uma vistoria para
saber qual valor cada um vai ter que desembolsar. [...]
Disponível em http://tribunadoceara.uol.com.br
TEXTO III
TEXTO IV
O Hooliganismo é um comportamento
comumente associado a fãs de esportes, principalmente aos que acompanham o
futebol. O termo também se encaixa ao mau comportamento e vandalismo no geral.
A
palavra hooligan começou a ser associada com a
violência no futebol, em especial a partir da década de 1960 no Reino
Unido. Algumas firmas, além da paixão pelo clube, defendem ideologias
políticas.
Uma
das maiores tragédias na história dos hooligans
foi numa final da Champions League, em 1985, que ficou marcada
como tragédia do estádio do heysel, na Bélgica, entre torcedores do
Liverpool e Juventus. O acontecimento resultou em 38 mortos e um número
indeterminado de feridos. Os torcedores do Liverpool foram responsabilizados
pelo ocorrido, o que resultou em punição a todas as equipes inglesas sendo que
nenhuma poderia participar de uma competição europeia por 5 anos. [...]
O
grupo hooligan da imagem é a Inter City Firm, ligada ao West Ham United.
Uma
firma de arruaceiros, ativa principalmente entre a década de 1970 e de 1990. A
temida Inter City Firm é conectada ao clube de Londres, West Ham United.
A Inter City Firm tornou-se identificada por seu hábito de deixar um
cartão sobre os corpos daqueles que atacaram, lendo: " Parabéns, você
acabou de conhecer a ICF". Apesar de todas as práticas, Cass Pennant,
londrino negro ligado a ICF, sustentou que a o grupo não era racista nem
neonazista. A ICF obtém grande rivalidade com a Millwall Bushwackers, com quem
tiveram grandes incidentes, como ataque a bares e muito mais.
Texto
adaptado. http://rivalidadebritanica.blogspot.com.br
INSTRUÇÕES:
• O rascunho da redação deve ser feito no espaço
apropriado.
• O texto definitivo deve ser escrito com caneta de
tinta PRETA, na folha própria, em até 30 linhas.
• A redação com até 7 (sete) linhas escritas será
considerada “insuficiente” e receberá nota zero.
• A redação que fugir ao tema ou que não atender ao
tipo dissertativo-argumentativo receberá nota zero.
• A redação que apresentar proposta de intervenção
que desrespeite os direitos humanos receberá nota zero.
• A redação que apresentar cópia dos textos da
Proposta de Redação terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito
de correção.
Nenhum comentário:
Postar um comentário