terça-feira, 19 de maio de 2015

PROPOSTA 03 - 2º BIMESTRE 2015

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da Língua Portuguesa sobre o tema “Repensando o papel do torcedor: a violência nos estádios”, apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I
Salvem as torcidas organizadas
Quando surgiram, nos anos 1930, 1940, as torcidas organizadas sequer eram assim chamadas. Grupos de apaixonados por seus times se reuniam para torcer juntos, levavam faixas, bandeiras e bandinhas. Animavam os acanhados estádios daqueles tempos, tornavam a atmosfera de um jogo de futebol algo mais alegre, saudável.
Aos poucos elas cresceram, surgiram outras com objetivos interessantes, como participar da política do clube, isso nos anos 1960, quando cartolas incompetentes já eram numerosos, comuns. Gaviões da Fiel e Torcida Jovem do Flamengo ("Poder Jovem " nos seus primórdios), por exemplo, nasceram calçadas nesse conceito.
Mas as torcidas mudaram. Até então brigas ocasionais envolviam fãs de clubes rivais por conta de provocações em encontros casuais. Aconteciam sem que os valentões fossem obrigatoriamente das organizadas. Aconteciam porque as pessoas se desentendem, especialmente quando estão em lados opostos. Militantes de partidos políticos, por exemplo, também brigam.
O que era eventual, sem grandes consequências, se transformou em algo estruturado, como numa guerrilha. Tocaias, armadilhas, ataques de surpresa ou confrontos combinados. Lutas coletivas em qualquer ponto da cidade, na estrada, onde for.
Com paus, pedras, barras de ferro, correntes e finalmente... armas de fogo. Aos revólveres se somaram as bombas caseiras ("malvinas"), com mais e mais dedos nos gatilhos. Quem se envolvia não saía mais de olho roxo, mas gravemente ferido ou morto. Assassinatos se multiplicam há anos devido aos confrontos dos elementos que dominaram as organizadas. No passado alguns apaixonados viviam para elas. Hoje, há quem viva delas.
O discurso mais comum (e me desculpe se você o defende, mas ele é ingênuo) é o que pede o fim das organizadas. Como se isso fosse possível num estalar de dedos. Se partidos políticos de esquerda não morreram nos anos de chumbo, mesmo com prisões, torturas e mortes promovidas pela ditadura militar, por que esses movimentos sumiriam tão facilmente?
Basta lembrar a experiência feita nos anos 1990 em São Paulo. Uma canetada extinguiu torcidas organizadas, medida que se mostrou inócua. As mesmas se mantiveram legalmente como escolas de samba, passaram a frequentar estádios sem faixas, bandeiras, camisas, identificação. Mas estavam lá. E seguiram fazendo tudo igualzinho. Não subestimem esses caras.
A diferença em tempos assim é que com as facções na clandestinidade ninguém sabe qual é o chefe do bando, da gangue que ataca, agride, mata. As torcidas seguiram nas mãos das pessoas erradas, sem que as ditas autoridades fizessem algo eficaz a respeito. E com a chancela da cartolagem que desses grupos se aproveitam, os patrocinam e assim lhes compram apoio.
A solução é simples, sua aplicação nem tanto. Que todas as torcidas organizadas sejam regulamentadas, seus dirigentes registrados na justiça e que só possam comandá-las desde que não tenham ficha na polícia. Que os brigões entrem em cana, que assassinos sejam condenados, que os bandidos sejam eliminados e dirigentes coniventes punidos pela lei. Tolerância zero!
O caso não é esportivo, não é do futebol, mas de polícia. No dia em que não mais existir lugar para elementos mal intencionados nas arquibancadas, eles estarão no xadrez ou procurando outro lugar onde consigam seguir com suas atividades criminosas. E aí ressurgirão espaços nas torcidas para as pessoas que desejam apenas se reunir e apoiar seus clubes.
Pessoas como as que organizaram a Legião Tricolor. Tal movimento, entre 2006 e 2010, mudou o comportamento da torcida do Fluminense, atraiu de volta ao Maracanã pessoas que desejavam apenas apoiar o time, cantar por ele, vibrar e chorar pela camisa. Foram muitas bonitas festas no velho estádio.
Por um momento a Legião fez a maior facção de torcida organizada do Fluminense minguar. E ocupar espaço cada vez menor na arquibancada. Uma semente que poderia crescer, se multiplicar. Mas para isso é preciso quem limpem a área. Salvem as torcidas, façam com que elas se reinventem e se livrem de quem não presta. O futebol agradeceria. A sociedade também. 
Mauro Cezar Pereira, blogueiro do ESPN


TEXTO II

Castelão teve 1.580 cadeiras quebradas e prejuízo total pode chegar a R$ 500 mil

Em entrevista coletiva, Secretaria de Esportes e Arena Castelão afirmam que Fortaleza e Ceará devem pagar pela depredação
Diante do vandalismo ocorrido após a final do Campeonato Cearense, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) e Secretaria de Esportes (Sesporte) divulgaram, o prejuízo causado pelos torcedores na partida.
Na tarde desta segunda-feira (4), em entrevista coletiva, a administração responsável pela Arena Castelão contabilizou, juntamente com a Secretaria de Esportes do estado os danos. Quatro portas de acesso foram destruídas, 1.580 cadeiras foram quebradas, seis TVs de led despedaçado, duas portas de quiosque danificadas. Cada cadeira custa R$ 300,00, em um prejuízo total de R$ 500 mil, em média.
Em dia a ser divulgado, tanto Fortaleza, como Ceará, irão fazer uma vistoria para saber qual valor cada um vai ter que desembolsar. [...]
Disponível em http://tribunadoceara.uol.com.br



TEXTO III









TEXTO IV
O Hooliganismo é um comportamento comumente associado a fãs de esportes, principalmente aos que acompanham o futebol. O termo também se encaixa ao mau comportamento e vandalismo no geral.
A palavra hooligan começou a ser associada com a violência no futebol, em especial a partir da década de 1960 no Reino Unido. Algumas firmas, além da paixão pelo clube, defendem ideologias políticas.
Uma das maiores tragédias na história dos hooligans foi numa final da Champions League, em 1985, que ficou marcada como  tragédia do estádio do heysel, na Bélgica, entre torcedores do Liverpool e Juventus. O acontecimento resultou em 38 mortos e um número indeterminado de feridos. Os torcedores do Liverpool foram responsabilizados pelo ocorrido, o que resultou em punição a todas as equipes inglesas sendo que nenhuma poderia participar de uma competição europeia por 5 anos. [...]


O grupo hooligan da imagem é a Inter City Firm, ligada ao West Ham United.
Uma firma de arruaceiros, ativa principalmente entre a década de 1970 e de 1990. A temida Inter City Firm é conectada ao clube de Londres, West Ham United.  A Inter City Firm tornou-se identificada por seu hábito de deixar um cartão sobre os corpos daqueles que atacaram, lendo: " Parabéns, você acabou de conhecer a ICF". Apesar de todas as práticas, Cass Pennant, londrino negro ligado a ICF, sustentou que a o grupo não era racista nem neonazista. A ICF obtém grande rivalidade com a Millwall Bushwackers, com quem tiveram grandes incidentes, como ataque a bares e muito mais.
Texto adaptado. http://rivalidadebritanica.blogspot.com.br

INSTRUÇÕES:
• O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
• O texto definitivo deve ser escrito com caneta de tinta PRETA, na folha própria, em até 30 linhas.
• A redação com até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota zero.
• A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá nota zero.
• A redação que apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos receberá nota zero.
• A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.












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