Com base na leitura dos
textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da Língua
Portuguesa sobre o tema “Mobilidade
urbana e transportes alternativos: uma nova forma de encarar a cidade”, apresentando
proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione,
organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa
de seu ponto de vista.
TEXTO I
Transporte
alternativo: bom para o bolso e o meio ambiente
Andar a pé, de bicicleta ou pegar carona pode
melhorar sua relação com a cidade e pesar menos no bolso
Por Aline Nogueira de Sá
Quem vive nas grandes cidades brasileiras
sabe bem o que significa sofrer com o trânsito, a poluição e o custo do
transporte. Em São Paulo, por exemplo, há 7 milhões de veículos, e os
motoristas passam em média 3 horas por dia no trajeto casa-trabalho. Os congestionamentos
atingiram na última década mais de 100 km por dia, em média. Além de sacrificar
a qualidade de vida, o carro, como meio de transporte diário na metrópole, pesa
bastante no bolso. Segundo o educador financeiro Reinaldo Domingos, a média de
gastos mensais é de 2% a 3% do valor do automóvel, o que significa, no caso de
um carro popular, em torno de R$ 600 (além da parcela do financiamento, quando
for o caso). Nesse custo entram combustível, seguro, IPVA, DPVAT, manutenção,
depreciação, estacionamentos, entre outros itens.
Quem faz 2 viagens de ônibus ou metrô por
dia, durante um mês, em São Paulo e Rio de Janeiro paga entre R$ 180 e R$ 200 e
sofre com superlotação, atrasos e falta de conforto.
Além de custoso e pouco eficiente, esse
sistema de transporte baseado principalmente no carro e no ônibus é um grande
emissor de dióxido de carbono (CO2), causador do efeito estufa. Por tudo isso,
especialistas, ONGs, grupos mobilizados e governos discutem cada vez mais
soluções alternativas de mobilidade urbana. Confira algumas delas.
Quer
uma carona?
Em São Paulo, 2/3 dos trajetos feitos por
automóveis particulares levam somente o motorista e, estatisticamente, a cada
100 carros, um está indo para o mesmo bairro da cidade. Ou seja, apenas uma
pessoa ocupa um grande espaço nas vias públicas e arca com os custos que o
trajeto gera. Uma alternativa é dividi-lo com outras pessoas. Foi essa a ideia
do empresário Márcio Nigro ao criar o Caronetas (http://www.caronetas.com.br/),
um site que incentiva a carona colaborativa dentro de empresas e universidades.
A carona é integrada ao uso de outros meios
de locomoção, como transportes públicos, bicicletas e o próprio caminhar. [...]
O Caronetas tem resolvido essas questões por meio de sistema em que as
organizações se cadastram e os interessados se inscrevem, recebem e-mails e
trocam informações entre si.
De
bike ou a pé eu vou
Não é novidade que a bicicleta está ganhando
espaço nas grandes cidades do mundo inteiro, ainda que, no Brasil, sejam poucos
os quilômetros de ciclovias. A cidade campeã no País é o Rio, com 240 km, mas
Berlim, na Alemanha, por exemplo, tem 750 km, informa o site Mobilize (www.mobilize.org.br). Projetos como o Bike Anjo
(bikeanjo.com.br), que se espalha por várias cidades brasileiras, reúne
ciclistas voluntários dispostos a ajudar novatos com dicas de segurança e de
trajetos mais adequados.
Mas, além das bikes, ganham adeptos os movimentos
de pedestres. Você já tentou fazer a pé percursos que geralmente faz de carro
ou de transporte público? Além da economia, pode se surpreender com o tempo que
leva o prazer que proporciona. Em São Paulo, o projeto SampaPé!
(http://www.sampape.com.br/) é um movimento coletivo que pretende chamar a
atenção para o hábito de andar.
''Usar o carro em excesso gerou diretamente
problemas de trânsito e poluição. Mas, também, descaso com espaço público, sem
falar nos problemas de saúde. Por isso, queremos levar as pessoas para as ruas,
fazê-las tomarem gosto pela caminhada no dia a dia'', diz Leticia Leda Sabino,
idealizadora do projeto.
Olha o
buraco!
Além de organizar caminhadas culturais e
históricas pelas ruas de São Paulo, o movimento criou a ferramenta Desembucha,
por meio da qual as pessoas denunciam obstáculos que atrapalham a locomoção a
pé na cidade, com fotos e vídeos que são encaminhados para autoridades. [...]
Quem sabe você não vira adepto de algumas das
novas soluções?
Disponível em http://www.bradescouniversitario.com.br/html/cub/grana/dia-a-dia/transporte-alternativo.shtm
/ Acesso em 02.03.15
TEXTO II
TEXTO III
Entrevista: IBM está a transformar Lisboa e Porto em cidades
inteligentes
Desde que lançou o conceito de
cidade inteligente, a IBM já tem cerca de 2000 projetos espalhados por todo o
mundo. Em entrevista ao Portal das Energias Renováveis, António Pires dos
Santos, Smarter Cities Business Development Executive IBM Portugal, conta como
é que a empresa está a transformar as duas maiores cidades do país para melhor
servir o cidadão.
PER: A IBM registou a expressão
smarter city. Em que é que consiste?
António Pires dos Santos: Na IBM
definimos uma smarter city ou cidade inteligente como sendo aquela que
impulsiona o crescimento econômico sustentável, através de uma análise
integrada das informações de todas as agências da cidade e departamentos. Só
desta forma se consegue tomar melhores decisões e antecipar problemas,
resolvendo-os de forma proativa e minimizando o seu impacto, aplicando uma
coordenação dos recursos existentes e dos processos, para responder aos eventos
de uma forma rápida e eficaz. As cidades geralmente já possuem sistemas de
saneamento, serviços públicos, habitação, segurança, transportes, e muito mais.
Mas uma Cidade Inteligente é aquela que consegue criar um equilíbrio adequado
entre as necessidades sociais, comerciais e ambientais, otimizando os recursos
que tem disponíveis para o benefício de seus cidadãos.
As cidades inteligentes são
pensadas para as pessoas andarem mais a pé e não perderem tempo no trânsito.
Que outras medidas relacionadas com a mobilidade têm pensadas para melhorar o
ambiente?
Um sistema integrado de transportes
tira partido da informação em tempo real para criar soluções de mobilidade
adequadas a cada cidadão. Relacionando a informação obtida por sensores,
colocados nos transportes, e, por exemplo, através das redes sociais, podemos
ter uma melhor visualização sobre os problemas existentes e recomendar soluções
adequadas. Em Estocolmo foi implementado um sistema de gestão de tráfego
inteligente que reduziu em 20 por cento os veículos que entram na cidade. Isto
permitiu reduzir em 12 por cento a emissão de gases de efeito estufa, aumentar
em sete por cento a utilização de transportes públicos, reduzir o número de
acidentes de viação e, por fim, melhorar a eficiência e a qualidade de vida dos
cidadãos.
Quantos projetos de cidades
inteligentes tem a IBM e quantos é que já estão implementados e em que locais?
Já lideramos cerca de 2000 de
projetos em todo o mundo, nos cinco continentes, desde São Francisco, nos
Estados Unidos, a Wave City, na Índia, passando por Estocolmo, na Suécia, ou
Málaga. A IBM está a ajudar cidades em todo o mundo com soluções, por exemplo,
para reduzir o tráfego e, por conseguinte, a poluição, digitalizar os registros
de saúde para melhorar o serviço ao paciente, melhorar o acesso e a qualidade
da educação, melhorar os sistemas de vigilância para reduzir o índice criminal,
gerir a energia de forma mais eficiente ou melhorar a qualidade, o fornecimento
e o acesso à água.
Disponível em http://www.energiasrenovaveis.com/DetalheNoticias.asp?ID_conteudo=872&ID_area=23
/ Acesso em 02.03.15
INSTRUÇÕES:
• O rascunho da redação deve ser feito no espaço
apropriado.
• O texto definitivo deve ser escrito com caneta de
tinta PRETA, na folha própria, em até 30 linhas.
• A redação com até 7 (sete) linhas escritas será
considerada “insuficiente” e receberá nota zero.
• A redação que fugir ao tema ou que não atender ao
tipo dissertativo-argumentativo receberá nota zero.
• A redação que apresentar proposta de intervenção
que desrespeite os direitos humanos receberá nota zero.
• A redação que apresentar cópia dos textos da
Proposta de Redação terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito
de correção.
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