Com base na leitura dos seguintes textos
motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um
texto dissertativo-argumentativo em norma culta escrita da Língua Portuguesa
sobre o tema Intolerância e
preconceito no Brasil: avanços e retrocessos da vida em sociedade. Selecione, organize e relacione, de forma
coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa do seu ponto de vista, sem
ferir os direitos humanos.
TEXTO I
Ebola
se espalha pelas redes sociais, e racismo volta à tona
Palavra foi
compartilhada milhares de vezes em 24 horas; no Facebook, termo mais associado
ao vírus é a palavra "preto"
Ricardo Senra. Da BBC Brasil, em São Paulo
O vírus ebola se espalhou
pelas redes sociais no Brasil desde a primeira suspeita de infecção no país,
reportada em Cascavel, no interior do Paraná.
Da noite de quinta-feira até
a manhã desta sexta, o termo "ebola" foi compartilhado 120 mil vezes
pelo Twitter em português. A palavra Guiné, país de onde veio o paciente, foi a
terceira mais citada na rede social por volta da meia-noite.
A Guiné é um dos três países
que concentram a epidemia do vírus na África, juntamente com Serra Leoa e
Libéria.
Pelo Facebook, segundo a
ferramenta de análise Sysomos, mais de 400 postagens públicas em português
sobre o Ebola surgiram nas últimas
24 horas. Os termos "ebola", "Guiné" e "Fiocruz"
seguem entre os dez tópicos mais comentados por brasileiros na rede.
Figura 1 Palavra “preto” é a mais associada a termo ebola em
posts públicos de brasileiros do Facebook (Foto: BBC)
O homem de 47 anos, que
chegou ao Brasil no dia 19 de setembro após escala no Marrocos, foi transferido
durante a madrugada para Rio de Janeiro. Em meio a dúvidas sobre sintomas,
riscos de infecção e especulações sobre a confirmação ou não do caso, alguns
internautas mais uma vez publicaram comentários racistas nas redes sociais. As
ofensas associam o vírus ebola à população de origem africana.
"Ebola é coisa de
preto", "Alguém me diz por que que esses preto da África tem que vir
para o Brasil com essa desgraça de bactéria (sic) de ebola" e "Graças
ao ebola, agora eu taco fogo em qualquer preto que passa aqui na frente"
foram algumas das frases postadas no Twitter na manhã desta sexta.
A situação não é diferente
entre os usuários do Facebook. A nuvem de palavras que mostra os termos mais
associados à doença na rede destaca a palavra "preto". Ou seja, a
maioria das pessoas que escreveu publicamente sobre o vírus associou
"ebola" ao termo "preto".
http://g1.globo.com/bemestar/ebola/noticia/2014/10/ebola-se-espalha-pelas-redes-sociais-e-racismo-volta-tona.html
/ Acesso em 10.10.14
TEXTO II
'Estou
levando na tranquilidade', diz Miss Brasil sobre posts ofensivos
Melissa Gurgel foi alvo
de racismo ao receber título de miss por ser do CE.
A Miss Brasil, Melissa Gurgel, falou ao G1 na
tarde desta terça-feira (30) que não pretende pedir punição formal aos
responsáveis pelos comentários preconceituosos postados sobre ela em redes
sociais. "Acho que a internet é um lugar para as pessoas expressarem suas
opiniões, mas tem que haver respeito. Preconceito é intolerável. Não vou atrás
disso, mas quero que as pessoas tenham consciência do que fizeram",
afirmou Melissa.
O sotaque da
cearense foi alvo de comentários considerados preconceituosos pela Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB-CE) e por diversos internautas que saíram em defesa da
miss. A cearense de 20 anos foi eleita Miss Brasil 2014 na madrugada de
domingo (28) e não demorou para logo surgirem os primeiros
comentários. "Miss Ceará bonita até abrir a boca e vir aquele
sotaquezinho sofrível", diz uma das mensagens. "Lembrem de deixar a
TV no mudo quando a miss Ceará for dar a palestra dela no miss Brasil do ano
que vem", diz outra. Outros foram mais agressivos e escreveram "Miss
Ceará ganhou o Miss Brasil e eu aqui achando que no Ceará só tinha gente
feia". [...]
http://g1.globo.com/ceara/noticia/2014/10/estou-levando-na-tranquilidade-diz-miss-brasil-sobre-posts-ofensivos.html
/ Acesso em 10.10.14
INSTRUÇÕES:
•
O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
•
O texto definitivo deve ser escrito com caneta de tinta preta, na folha
própria, em até 30 linhas.
•
A redação com até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e
receberá nota zero.
•
A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo
dissertativo-argumentativo receberá nota zero.
•
A redação que apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos
humanos receberá nota zero.
•
A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número
de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.
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