Com base na leitura dos seguintes textos
motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um
texto dissertativo-argumentativo em norma culta escrita da Língua Portuguesa
sobre o tema Biografias não autorizadas: é proibido proibir? Selecione, organize e relacione, de forma
coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa do seu ponto de vista, sem
ferir os direitos humanos.
TEXTO I
Câmara aprova projeto que libera venda de biografias não autorizadas
Proposta
ganhou destaque após artistas defenderem proibição em 2013.
Texto permite relato de trajetórias de quem tenha 'dimensão pública'.
Texto permite relato de trajetórias de quem tenha 'dimensão pública'.
Nathalia Passarinho e Filipe Matoso Do G1, em Brasília - 06/05/2014
A Câmara dos Deputados
aprovou nesta terça-feira (6) o projeto de lei que libera a venda de biografias
não autorizadas. O texto ainda precisa passar pelo Senado antes de ir à sanção
presidencial.
De
autoria do deputado Newton Lima (PT-SP), o projeto permite a distribuição
e venda de vídeos e textos que retratam pessoas com trajetórias que interessam
à sociedade ou tenham "dimensão pública". Atualmente a legislação dá
aos biografados e seus herdeiros o poder de vetar biografias feitas sem
permissão. [...]
No
plenário, os deputados acrescentaram uma emenda de autoria do deputado Ronaldo
Caiado (DEM-GO) que prevê que a pessoa que se sentir atingida em “sua honra,
boa fama ou respeitabilidade” poderá requerer por meio de juizados de pequenas
causas a exclusão do trecho ofensivo à reputação na reprodução “futura das
obras”.
Para
o relator da matéria, o projeto "acaba com a censura prévia" a obras
biográficas. "Isso coloca o Brasil no mesmo patamar de todos os países
livres do mundo em que não é necessária autorização de quem quer que seja para
a elaboração de uma obra. Ao mesmo tempo, com a inclusão da emenda do deputado
Caiado, damos celeridade em casos de injúria, calúnia e difamação,
possibilitando a retirada dos trechos em obras futuras", defendeu Newton
Lima.
Polêmica
A
discussão sobre a liberdade de publicação de obras sobre personalidades ganhou
espaço no ano passado após músicos e compositores defenderem a proibição de
biografias não autorizadas pelos biografados ou por suas famílias, em caso de
morte.
O
grupo “Procure Saber”, coordenado pela produtora Paula Lavigne, ex-mulher de
Caetano Veloso, liderou o movimento contra a liberação de biografias não
autorizadas e artistas de peso, como Chico Buarque, aderiram à posição.
Por
outro lado, a Associação dos Editores alega que a necessidade de autorização
prévia é uma forma de censura.
TEXTO II
FONTE:
http://tugisilveira.blogspot.com.br/2013/10/caetano-biografia-nao-autorizada.html
TEXTO III
A FAVOR DA PROIBIÇÃO
Caetano
Veloso, cantor: "O
modo como a imprensa tem tratado o tema é despropositado. De repente, Chico,
Milton, Djavan, Gil, Erasmo e eu somos chamados de censores porque nos
aproximamos da posição de Roberto Carlos (...) Censor, eu? Nem morto! Na
verdade a avalanche de pitos, reprimendas e agressões só me estimula a
combatividade (...) Sou sim a favor de podermos ter biografias não
autorizadas de Sarney ou Roberto Marinho. Mas as delicadezas do sofrimento de
Gloria Perez e o perigo de proliferação de escândalos são tópicos sobre os
quais o leitor deve refletir" - em artigo publicado pelo jornal
"O Globo"
Chico
Buarque, cantor: "Pensei
que o Roberto Carlos tivesse o direito de preservar sua vida pessoal. Parece
que não. Também me disseram que sua biografia é a sincera homenagem de um fã.
Lamento pelo autor, que diz ter empenhado 15 anos de sua vida em pesquisas e
entrevistas com não sei quantas pessoas, inclusive eu. Só que ele nunca me
entrevistou" - em artigo publicado pelo jornal "O Globo"
(depois de o vídeo da entrevista ser divulgado, o artista pediu desculpas pelo
"erro").
Djavan,
cantor “A
liberdade de expressão, sob qualquer circunstância, precisa ser preservada.
Ponto. No entanto, sobre tais biografias, do modo como é hoje, ela, a liberdade
de expressão, corre o risco de acolher uma injustiça, à medida que privilegia o
mercado em detrimento do indivíduo; editores e biógrafos ganham fortunas
enquanto aos biografados resta o ônus do sofrimento e da indignação" -
em artigo publicado pelo jornal "O Globo".
A FAVOR DA PUBLICAÇÃO DE BIOGRAFIAS NÃO-AUTORIZADAS
Fagner,
cantor: “Sou
contra o Procure Saber. Não se pode impedir que as pessoas escrevam. Temos que
ter biografias dos artistas brasileiros, de personalidades. Se houver algo
incompatível com a realidade, depois resolve na Justiça” - em
entrevista ao jornal "O Estado de São Paulo"
Alceu
Valença, cantor: "Fala-se
muito em biografias oportunistas, difamatórias, mas acredito que a grande
maioria dos nossos autores estão bem distantes desse tipo de comportamento.
Arrisco em dizer que cerceá-los seria uma equivocada tentativa de tapar, calar,
esconder e camuflar a história no nosso tempo e espaço. Imaginem a necessidade
de uma nova Comissão da Verdade daqui a uns 20 anos..." - em texto
distribuído à imprensa
Joaquim Barbosa, presidente do STF: “O ideal seria [que houvesse] liberdade total de
publicação, mas cada um assume os riscos. Se violou o direito de alguém, [o
autor] vai ter que responder financeiramente. Com isso, se criaria uma responsabilidade
daqueles que escrevem (...). Censura prévia é ruim, não é permitido, é ilegal” - na Conferência Global de
Jornalismo Investigativo na PUC-RJ
FONTE:
https://www.google.com.br/webhp?sourceid=chrome-instant&ion=1&espv=2&ie=UTF-8#q=biografias%20n%C3%A3o%20autorizadas
INSTRUÇÕES:
•
O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
•
O texto definitivo deve ser escrito com caneta de tinta preta, na folha
própria, em até 30 linhas.
•
A redação com até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e
receberá nota zero.
•
A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo
dissertativo-argumentativo receberá nota zero.
•
A redação que apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos
humanos receberá nota zero.
•
A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número
de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.
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